Publicidade

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Tudo tem um por que


Não sei ao certo a idade que eu tinha, mas era no tempo em que eu adorava ajudar a minha mãe a fazer bolo. Há muito tempo.

Minha mãe preparava uma afro descente esquizofrênica, popularmente conhecida como nega maluca, e pediu que eu untasse a forma. Fui até o fogão, peguei as formas e as engraxei como eu costumava dizer. O fogão era daqueles antigos. Duas portas, uma onde se guardava as formas na parte debaixo, e duas asinhas do lado, quem já teve ou conhece alguém que ainda tem sabe como é. Moderníssimo e azul, para combinar com a geladeira vermelha.

Formas engraxadas e nega maluca pronta, hora de colocar no forno. Ao fazer isso minha mãe percebeu que tinha algo estranho dentro do fogão engalhado na grade por onde saia o fogo, mas achou que fosse uma lagartixa e acreditando que ela logo sairia dali por causa do calor, não deu bola.

Passado alguns minutos um cheiro forte tomou conta da cozinha. Pensando que era a pobre afro torrando, minha mãe foi ver o bolo. Ao reparar que a culpa não era da nega, e sim da suposta lagartixa, que ainda não tinha fugido, minha mãe pegou uma faca e começou a raspar a suposta lagartixa a fim de fazê-la cair. Nada!
Sem sucesso, minha mãe decidiu abrir a porta debaixo, onde ficavam as formas. Então, uma surpresa. Uma cobra!

Não preciso dizer porque não tem
 foto de cobra  no post né?
Literalmente com fogo no facho, a bichana não parava quieta. Depois do susto inicial, minha mãe super poderosa pegou uma vassoura e acabou com a raça da bicha. Para que ninguém duvidasse que tinha uma cobra no nosso fogão, minha mãe ainda se deu ao trabalho de colocar a bicha dentro de uma forma e levou para o vizinho - conhecedor de cobras diz ela -. Era só uma jararaca.

Depois daquele dia, antes de tomar banho, dormir, sentar e coisas do tipo, eu fazia uma varredura. Demorou pra eu me convencer de que não iria acontecer de novo. E essa é a história de como eu adquiri um medo fora do normal de cobras. Desde então eu evito andar no meio do mato e não vejo fotos ou vídeos em que as danadas apareçam, pelo menos não por vontade própria. Mas sempre tem um filho de uma boa mãe que insisti em me assustar com isso.

Não pensem que é frescura. Sério, é apavorante e não tem graça. Eu costumo rir depois que alguém me assusta por causa disso, mas o riso não é de graça, é de nervoso. Vou parar por aqui porque já está me dando um formigamento no pé.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Favor, discrição e constrangimento


Há alguns dias recebi uma ligação: “Líz, preciso da tua ajuda”, disse minha amiga quase desesperada. Ela queria mandar um arranjo de flores e outras coisinhas fofas para a namorada, mas como não mora na mesma cidade que a dita cuja, não estava conseguindo ter êxito. Tratei então de perguntar o que exatamente ela queria e meti a mão na massa. Ou melhor, no telefone.
Depois de algumas ligações, retornei para a minha amiga dando a ela opções. Depois de bater o martelo, ela me mandou uma mensagem com o que queria que estivesse no cartão. Eu poderia me apaixonar por ela não fosse a minha relutância. Mas, ler a declaração foi o de menos. Lindo mesmo foi eu ditando para a moça da floricultura os dizeres do cartão: “Você deu um novo sentido à minha vida. Com saudades e muito carinho do seu amor. Te amo. Parabéns pelo nosso dia minha vida!”
Detalhe: os meus colegas de trabalho podem claramente me ouvir falar ao telefone. Tentei amenizar o constrangimento rindo, mas não surtiu muito efeito. Passado o constrangimento de ter me declarado para a moça da floricultura – do ponto de vista dos meus colegas -, pedi que fossem até o meu local de trabalho fazer a cobrança, já que eu não poderia sair. O.K!
Logo que vi a moça, com um arranjo de rosas vermelhas na mão, tratei de descer e concluir o favor de forma discreta. Não foi possível, já que comentários como “Uhm, que lindo”, já me rodeavam. Recebi a nota e paguei. Tudo ia bem, até que a moça resolveu mostrar o quanto sabe ser discreta.
(Não sei se com vocês é assim, mas toda vez que algo constrangedor está para acontecer comigo o mundo para de girar e eu viro o centro das atenções ou todo mundo fica quieto para ouvir a besteira que sairá da minha boca).
“É para entregar para a Fulana na loja 1 ou na loja 2?”. 
Ahh... Como eu queria!
Como de costume o mundo parou de girar e todos os presentes olharam para mim. Respirei e com um sorriso forçado e uma vontade de fulminar ela com os olhos respondi, mas ela não se deu por contente. Ainda puxou assunto e falou o nome da Fulana mais umas três vezes. Quis garantir que todos os presentes tivessem ouvido, só pode!
Quando ela finalmente saiu pude perceber os olhares de “Como assim? Rosas vermelhas para a Maria?” Tentei agir com naturalidade e voltei ao meu trabalho, mas não consegui parar de rir da situação, e claro, não conseguia tirar da cabeça a ideia de matar a minha amiga, que ao me ouvir contar toda a situação só ria escandalosamente no celular.
Obs:
•    Mesmo após todo o constrangimento continuo fazendo favores. Não me importo de ajudar, mas, queridas amigas, vocês sabem que estou falando de vocês, não me metam em frias! 

•    Moças que fazem cobranças e entregas em floriculturas... Mesmo que o pedido seja o mais normal de todos, não digam em voz alta na frente de outras pessoas para quem e onde vão entregar a encomenda, pode ser que a pessoa queira discrição.
Obrigada!

Publicada no site Reeditando.com em 23 de novembro de 2012.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A bolacha, o futebol e o repositor


Delícia!
Se tem uma coisa que eu gosto muito é a tal da bolacha Passatempo. Sempre dedico uma parte do meu salário a ela. Uma parte pequena é claro. Bem pequena.  Pequeniníssima! O.K! Na maioria das vezes peço para a minha mãe comprar. Sempre peço, rindo, para que ela compre umas 14 - não sei por que motivos cismo com esse número -, na esperança de que ela realmente compre, mas ela sempre traz só quatro.

Quem me conhece sabe que outra coisa que gosto muito é de jogar futebol. Jogo sempre que posso, e às vezes até quando não posso. Faço isso desde que me entendo por gente. Outra coisa, que não sei se gosto, mas faço com muita frequência é dar conversa para pessoas pouco prováveis. O tiozinho que abastece as prateleiras do supermercado perto da minha casa, por exemplo.

Sei muito sobre a vida dele já, inclusive que ele tem um dedo “morto”. Culpa do futebol. É aí que os dois assuntos se unem. Mas você deve estar se perguntando: “o que a bolacha tem a ver com isso?” Eu explico.

Fui ao mercado que o tiozinho trabalha recentemente comprar, com o meu dinheiro, as minhas bolachas preferidas e o encontrei pintando as paredes do estabelecimento. Muito simpático ele me cumprimentou e me perguntou se eu estava jogando muito. Respondi que sim, e como não queria ser seca com o tão simpático repositor e pintor, resolvi continuar o papo. Foi então que eu me perdi.

O que saiu da minha boca jamais por mim será esquecido. “E aí, dando uma pintadinha?”

Minha vontade.
No segundo seguinte, quando percebi, desejei que Deus abrisse um buraco no chão onde eu pudesse me enfiar. Senti o vermelhão tomando conta do meu rosto. O tio só deu um risinho sem graça. Três opções: ele leu a minha mente e decidiu me poupar; desejou o mesmo que eu, ou não entendeu. O fato é que eu tratei de pegar logo minhas bolachas e sair do campo de visão dele.

Cheguei ao caixa rindo descontroladamente e fiz o caminho de casa do mesmo jeito. Quase não consegui me controlar para contar para minha mãe, que, por sua vez, quase não acreditou no que ouviu. Agora veja que ironia. Como eu poderia imaginar que uma tentativa de ser educada e duas das coisas que mais gosto iam se unir para me sacanear desse jeito?

Agora sempre que como a dita bolacha me lembro do episódio e as mastigo de forma vingativa. Quando vejo o tiozinho... Nem falo mais. Limito-me a sorrir, ainda que o sorriso saia amarelo.

*Publicado no site Reeditando.com em 15 de novembro de 2012.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Afinidade

Ambientada em 1870 e baseado na obra de Sarah Waters, Afinidade conta a história de Margaret Prior (Anna Madeley), que após perder o pai, passa a fazer visitas ao presídio feminino de Millbank. No presídio, Margaret conhece Selina Daews (Zoe Tapper), uma médium.
Após um estranhamento inicial, Margaret conquista a confiança de Selina, que apresenta a visitadora o mundo sobrenatural. Selina também se diz inocente, e pede a ajuda a Margaret.
Movida pelo sentimento que nasce entre elas, Margaret decide lutar para tirar Selina da prisão.
Envolvente e surpreendente!
Para assistir ao trailer (em alemão rs), clique aqui.
Para assistir o filme completo pelo youtube, clique aqui.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cidade do silêncio

A fim de conseguir o cargo de correspondente internacional, Lauren Adrian (Jennifer Lopez) aceita ir à Juarez, no México, fazer uma matéria sobre o crescente número de assassinatos de mulheres na cidade.

Já em Juarez, cidade sede de indústrias de equipamentos eletrônicos, onde a mão de obra é predominantemente feminina, Lauren começa a investigar as mortes com a ajuda de seu ex-parceiro Alfonso Díaz (Antonio Banderas), editor do jornal “O Sol de Juarez”, e descobre que o número real de mortes é bem superior ao divulgado.
Durante a investigação, Lauren conhece Eva Jimnenez (Maya Zapata), uma jovem de 16 anos que sobreviveu a um ataque. Com a ajuda da jovem, a jornalista descobre que os assassinatos tem ligação com alguns grandes empresários de multinacionais instaladas na cidade. Descobre ainda que, ao invés de tentar solucionar os casos, a polícia os acoberta.

 
Disposta a revelar a verdade para o resto do mundo, Lauren decidi contar a história de Eva. Porém, esbarra nos interesses de grandes empresários e na covardia de seu editor chefe, antes um homem que prezava pela ética.
Um filme baseado em fatos reais, que fala sobre os efeitos do Livre Comércio no México e sobre, como muitas vezes, a verdade é maquiada.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Futsal, azar e hospital

Sábado, 18 de agosto
“Deus me livre! Prefiro quebrar o braço a um dente”.
(Eu durante conversa sobre possíveis acidentes no futebol)
Domingo, 19 de agosto
Atrás da adversária eu a marcava.  Eis que surge um lançamento. Na tentativa de se desmarcar, a desgraçada, digo, a adversária me acerta o braço na boca. Pude ouvir os meus dentes rangerem e sentir na língua alguns farelinhos na boca. Pensei: --------------->
O Juiz parou a jogada e perguntou se estava tudo bem. Depois de alguns segundos tentando tirar os farelos da boca, mostrei para ele uma lasquinha do meu dente. Ele perguntou: machucou? A minha preocupação não era se tinha ou não machucado, a preocupação era de onde aquele pedacinho tinha saído.
Mas tudo bem. Estrago feito, o jeito era continuar e pronto, fazer o que?
Só depois do jogo é que descobri de onde tinha saído o tal pedacinho. Fiquei feliz ao perceber que era coisa pouca e que era atrás, nada aparente. Da primeira vez foi mais tenso. O pedaço foi maior e o estrago foi na frente. Enfim, comparando, eu pude sorrir. Com dois dentes quebradinhos, mas tudo bem.
Passado o drama do dente, fomos, meu time e eu, para o penúltimo jogo. Aquele que deveria ser o mais fácil, o mais legal para nós, que até então não tínhamos sentido o gosto da vitória. Tirei a camiseta de goleira (eu estava revezando com uma amiga porque não tínhamos goleira) e fui para a linha.
Expectativa
Não precisou muito tempo para que o segundo acidente do dia acontecesse. Peguei a bola no campo de defesa, driblei uma adversária, o que é um milagre devido ao fato de eu ser péssima nisso, e avancei em direção daquela que seria meu penúltimo obstáculo até ficar sozinha com a goleira. O que aconteceu em seguida foi tão rápido que eu só consigo me lembrar do meu corpo já estaqueado no chão e da dor intensa no braço.

Realidade
Dizem algumas das testemunhas que eu coloquei a bola entre as pernas da menina, e ela, muito sacaninha, cutucou meu pé. Outros discordam sobre a bola entre as pernas. De qualquer forma, o resultado foi um senhor tombo com direito a joelhada e cotovelada no chão.
Não sei como eu caí, o que eu sei é que senti muita dor. Depois da dor, medo. Não conseguia mexer o braço. O juiz, muito experiente, queria porque queria que eu mexesse, queria inclusive, ele mesmo mexer. Não deixei. Depois de alguns segundos, que para mim pareciam minutos, a dor foi cessando e eu consegui começar a mexer o braço. Foi daí que eu senti o joelho latejar. Mas isso era o de menos, eu estava conseguindo mexer o braço, isso era o que importava.
Saí da quadra e assisti do banco meu time empatar, de novo. No último jogo do dia ainda conseguimos empatar com um dos times mais fortes do torneio. Com o braço doendo, joguei melhor do que nas cinco partidas anteriores, o que não mudou o resultado do torneio. Quinto lugar, um braço doendo, um dente lascado e um joelho marcado.
Segunda, 20 de agosto
A tarde, com muita dor, resolvi ir ao hospital bater um raio-X. Cheguei ao Hospital Santa Terezinha às 13h. Passei os meus dados para a recepcionista e sentei na sala de espera. As 14h40 fui chamada pelo médico que, depois de me fazer algumas perguntas, me encaminhou ao setor responsável por fazer a “chapa”. “Chapa” feita, fui novamente esperar o médico para a reavaliação. As 16h20 o médico me chamou novamente e depois e avaliar o raio-x, me disse que não havia fratura. Receitou um remédio e fui embora.
Foram três horas e vinte minutos entre a minha chegada ao hospital e a minha saída. Considerando o tempo que fiquei com o médico e o tempo que levei para bater o raio –x, foram três horas só de espera.
Fiquei brava? Claro que sim. Queria sair de lá o mais rápido possível e não consegui. Claro que fiquei irritada com a demora. Mas não foi para descer o cacete no hospital que resolvi escrever essa parte do texto.
Durante o tempo que passei lá vi muita coisa. Um rapaz chegando com o pé quebrado em dois lugares; um menino, de aproximadamente 12 anos se contorcendo de dor; um bebê de colo ardendo em febre; e uma gestante diabética que acabou mobilizando a equipe toda. Uma emergência. Sem contar o que passou batido. Era gente gemendo de um lado, médico e enfermeiros correndo de outro.
Existem problemas? Sim. É demorado? É. Mas não dá para dizer que falta humanidade e que o atendimento é ruim. Óbvio que a equipe vai priorizar as emergências, nada mais justo. Eu estava com dor no braço, mas havia muitos outros casos bem mais graves do que o meu.
O que eu vi no hospital foi uma equipe bem atenciosa e que prioriza o que realmente deve ser priorizado. Ou eu dei a sorte de tê-los pego em um dia bom, ou está na hora das pessoas refletirem antes de sair falando mal da instituição por aí. Talvez uma olhadinha para o lado já ajudasse. Diante do que vi, fiquei feliz de ter sido uma das últimas na sala a receber atendimento.

lizdebona: Escola Especial de Braço do Norte proporciona desenvolvimento por meio de equoterapia

Há um ano, 11 alunos são beneficiados com o projeto
 
Foto: APAE
Com o objetivo de proporcionar às crianças portadoras de necessidades especiais o desenvolvimento de suas potencialidades e integração na sociedade, a Escola Especial João Estanislau Ângelo, de Braço do Norte, oferece aos seus alunos, desde 2010, aulas de equoterapia.

lizdebona: Arte com papel de artista criciumense ganha o mundo

Com três anos de trabalho, Geovana já confeccionou mais de dois mil toys. 

Foi pesquisando sobre o trabalho de artistas e ilustradores brasileiros e estrangeiros que a técnica em design e publicitária Geovana Tiskoski Martinelo, 23 anos, conheceu a técnica dos paper toys. Quando iniciou o trabalho com a arte, a jovem já tinha conhecimento de softwares, mas mesmo assim, foi um processo lento, o que de acordo com ela, facilitou o aprimoramento da técnica. "O primeiro toy que fiz foi o meu e do meu então namorado, depois, do amigo do meu namorado, e a mídia espontânea se encarregou do restante".

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Um dia inesquecível

Com algumas exceções, é sempre muito bom lembrar a infância, pelo menos para mim. Sempre que paro para pensar me divirto muito. Mas nem tudo na vida é moranguinho. Apesar de hoje achar graça, quando eu era criança algumas coisas não foram tão engraçadas. Como o dia em que eu caí (ou pulei, sei lá) de um ônibus.

Assim que completei o primário fui estudar em um colégio no centro da cidade e, como de acordo com a minha mãe, eu ainda era muito pequena, não podia fazer o trajeto sozinha e nem a pé. Passei então a ir ao colégio de ônibus. Não um ônibus fretado especificamente para transporte escolar. Era um circular. Ou seja, eu dava várias voltas na cidade antes de chegar e ao sair do colégio. Para mim era quase uma aventura, e a sensação de vivenciá-la diariamente fazia com que eu fizesse de tudo para passar o máximo de tempo possível dentro do ônibus. Muitas vezes eu passava na frente da entrada para a minha casa e ia descer só no outro ponto para ter o gosto de andar pelo bairro de ônibus. Coisa de criança. Até que um dia eu parei com isso. Decidi que não ia mais me aventurar pelo bairro e ia ficar o menor tempo possível dentro do ônibus.

Como todas as outras crianças que utilizavam o ônibus eu ia para a frente da porta correndo, para ser a primeira a descer. Alguns até arriscavam pular com o ônibus em movimento. Não era o meu caso, até aquele dia. Assim que estava próxima do meu ponto alternativo, já que o meu tinha ficado para trás, me posicionei antes de todos os outros junto à frente da porta. Por algum motivo, o motorista havia deixado a porta aberta. Fiquei ali, praticamente pendurada na porta com um monte de criança colada atrás de mim, quando, do nada, a porta começou a se fechar.

Fuscas brancos ainda me abalam.
 Minha cabecinha ingênua não pensou, naquele momento, em pedir para que os outros fossem para trás, a única coisa que passou pela minha cabeça foi pular. Morrer esmagada não me parecia uma alternativa atraente. Pulei. A sensação de liberdade do vôo não durou muito tempo. Se já não bastasse o pânico de ter pulado do ônibus, tive a infelicidade de dar de cara com um Fusca, literalmente. Amassei o Fusquinha com o peso do meu corpo e caí de costas no chão. Ainda tive que lidar com a impressão de que o ônibus estava dando a ré e ia passar por cima de mim.

"A mãe vai me matarrrrrrrr!"
Pense em uma criança apavorada! O que, claro, piorou devido ao fato de eu ter caído na frente de um bar. Em segundos tinha um bando de curiosos do meu lado perguntando se estava tudo bem. Eu tinha pulado de um ônibus em movimento, caído em cima de um carro e estava com um dos joelhos ralados, mas estava tudo muito bem, claro!

Para mim, o pior ainda estava por vir. Como é que eu iria explicar isso para a minha mãe, sendo que ela já tinha me chamado a atenção sobre minhas voltinhas a mais de ônibus?

Decidi não contar e expliquei o rasgo na calça e o machucado no joelho como um tombo na escola. Quanta inocência! Até parece que ninguém ia comentar com ela o ocorrido. Se não bastasse o que eu já tinha passado, levei um tremendo sermão da minha mãe. No ano seguinte passei a ir para o colégio a pé, e não foi porque ela já me achava adulta o suficiente para isso.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A menina que não sabia ler - John Harding

 “Com que facilidade a mente se torna egoísta. Com que facilidade deixamos de lado a perspectiva de um futuro desastre pelo prazer do presente”.
 
Esse livro nunca tinha chamado a minha atenção. Pensava que fosse uma cópia tosca de “A menina que roubava livros”. Quando eu soube, por meio de duas colegas, que o título brasileiro não dizia praticamente nada sobre o livro, sendo o título original “Florence and Giles”, fiquei muito curiosa para ler. Terminei em dois dias.
O livro começa morno, mas interessante. É narrado por uma das personagens título, Florence, que inicialmente vive em Blithe apenas com três criados, uma governanta e seu irmão mais novo, Giles, que depois de algumas páginas vai estudar fora.

Rodeada de tédio, ela descobre uma biblioteca em sua casa, onde passa a passar grande parte do seu tempo. Sempre escondida, já que seu tio e tutor, que ela nunca viu, a proibiu de estudar. Passado um tempo, Giles volta para casa por inaptidão e Florence mostra a ele seu mundo encantado.
É basicamente entre livros e brincadeiras com o irmão e o asmático Theo Van Hoosier  ao redor de sua casa que a vida de Florence passa. Pelo menos até a chegada da Srta. Taylor, responsável por cuidar da educação de seu irmão Giles depois da morte misteriosa de sua antiga professora.
O que acontece desse ponto em diante é que deixa o livro interessante. Florence começa a questionar sua vida e passa a procurar respostas, além disso, ela começa a achar que a professora do irmão quer levá-lo para longe dela. Como a história é narrada por ela não dá para saber até que ponto as coisas são reais ou frutos da imaginação da menina.
Paro por aqui por que tenho prazer em falar sobre filmes e livros. Tanto que as vezes me empolgo e conto o final. Como a intenção é despertar a curiosidade para que leiam...
Ao contrário do que eu pensava, o livro é muito bom! Recomendo.
*Raramente fico com vontade de ver livros virarem filmes, por receio de que o cinema estrague a obra. Mas no caso de “A menina que não sabia ler”, acho que o filme seria ótimo, ainda que não fosse totalmente fiel.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

lizdebona: De quanto tempo de sono eu preciso?:

Conforme a Associação Brasileira do Sono, a quantidade de sono varia de acordo com a idade

"Que sono! Preciso dormir um dia inteiro para compensar!" Não é difícil encontrar alguém que já tenha dito ou ouvido alguém dizer isso. Além de ser o melhor remédio para o cansaço, o sono é muito importante para o nosso desenvolvimento...

domingo, 17 de junho de 2012

lizdebona: Especialista dá dicas de como manter a pele saudáv...

Com a chegada do inverno a pele tende a ficar mais ressecada, o que exige cuidados especiais. De acordo com o dermatologista Odivan José Rabelo Varela, a pele reflete todo o estilo de vida das pessoas. “Tal como um carro que não é limpo e é maltratado vai ter um aspecto ruim, o seu corpo se não estiver saudável vai mostrar os seus problemas através da sua pele”, explica. Confira algumas dicas:
1 - Limite o tempo do banho.

Os banhos muito quentes e longos fragilizam e ressecam a sua pele...

terça-feira, 12 de junho de 2012

Obrigada por existir

Obrigada por todas as pequenas coisas que você faz para me ver sorrir.

Obrigada por ser dura comigo e não concordar sempre com as minhas ideias, apesar de eu achar que na maioria das vezes tenho razão.

Obrigada por me mostrar as possibilidades excitantes que a vida oferece e por me acalmar quando as coisas ficam um pouco demais para mim.

Obrigada por me perdoar pelas vezes que magoei ou aborreci você e por sempre me falar a verdade - não importando se as notícias são boas ou ruins.

Obrigada por não ridicularizar meus medos bobos, minhas obssessões esquisitas e minha loucura em geral.

Obrigada por levar meus medos a sério.

Sou grata por você ser meu porto seguro no meio da tempestade.

Obrigada por ser a pessoa a quem posso revelar o meu lado mais frágil.

Obrigada por fazer com que eu me sinta segura, confortável e feliz sempre que estou ao seu lado.

Obrigada por todas as coisas que você faz e também por todas que nunca faz.

Bem, a verdade é que eu nunca conseguiria listar tudo de bom que você me faz, porque sei que já se arriscou por mim diversas vezes.

Mas, mesmo que eu conseguisse, meras palavras de agradecimento nunca seriam suficientes.

Gostaria que houvesse uma maneira melhor de expressar meus sentimentos. Neste mundo cheio de mentiras, você é real. Entre bilhões de pessoas que poderiam cruzar meu caminho, esbarrei em você.

Graças a você pude deixar as sombras do passado para trás, aprendi a me sentir bem na minha própria pele.

Do livro "Obrigado por existir", com algumas alterações =)


segunda-feira, 11 de junho de 2012

lizdebona: Eles também dançam

lizdebona: Eles também dançam: Por meio da dança, jovens lutam contra o preconceito e provam que, em meio a sapatilhas, collant e sutileza, também existe masculinidade. ...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A porca da minha mãe, outros animais e o Facebook.


O presente de casamento

Minha mãe me contou no último domingo que quando casou com meu pai ganhou uma porquinha de presente. Claro que eu ri, onde já se viu dar uma porca viva de presente de casamento? Mas o que me fez rir mesmo foi o que ela contou em seguida.
Diz ela que a porquinha a seguia por tudo quanto é canto. Na roça quando ela ia levar comida para o meu pai, na casa dos vizinhos, na missa e até mesmo quando ela ia na “cidade”. De acordo com a minha mãe, uma vez ela teve que pedir abrigo para a porca em um chiqueiro das redondezas porque ela só percebeu que a danada da porca estava atrás dela, no maior estilo fiel escudeira, quando já estava longe de casa. Depois que falou isso minha mãe disse saudosa: “Tadinha, parece que estou ouvindo os gritinhos dela”. Vocês já devem imaginar o porquê do tadinha.
Por que estou falando sobre isso? Porque quando ela me contou isso estava passando no quadro Se vira nos 30 do Faustão, uma galinha que sabia identificar cores e tocava bateria. Foi aí que a minha mãe disse que a galinha era o de menos, a porca dela era muito mais foda. O restante eu já adiantei ali em cima.

A minha se chama Will
 Para quem não sabe eu tenho uma tiriva. Quem já conhece ela sabe do que ela é capaz. A danada não pode ver ninguém comendo que pede. Isso mesmo! Ela pede. Do jeitinho maroto dela: “Tá gostoso?”. Depois de se deliciar, se for a hora ela diz: “Tá dodói”. É a deixa para que alguém coloque ela dormir. Ela não é uma porca, mas quando termina de comer vira a gamelinha também, ou joga a colher cheia de comida no chão. Ela toma banho, suco, iogurte... Tudo o que der. Ela é bem feliz.
Muita gente pode pensar, como pode um animal fazer essas coisas? Em minha opinião é uma questão de estímulo aliada a inteligência dos bichanos. É bem parecido com bebês. Se não houver estímulo eles não fazem nada, crescem molengas. Agora experimenta estimular uma criança. Você se surpreende, o mesmo para os animais.
Outros Animais e o Facebook
Não sou uma amante de animais, não faço campanha em redes sociais e nem fico com os olhos marejados quando vejo fotos de gatinhos fofos, mas isso não faz com que eu os ignore. A menos que o animal em questão seja cobra. Daí não tem, eu ignoro mesmo!
Tirando as cobras, fico penalizada quando vejo alguma notícia de crueldade com animais, admiro quem gosta e participa de ONG’s de proteção, mas o rio de fotos de gatos e cachorros maltratados com mensagens revoltadas muito me chateia! Desculpem-me amigos e colegas que postam esse tipo de foto, mas eu, assim como muitas outras pessoas, não gosto de ver cachorro/gato morto, ou ensanguentado no meu Facebook.

Aí sim!

Procurem alguma ONG, façam algo que realmente vá contribuir.  Se forem fazer campanha, façam campanha com animais saudáveis e imagens bonitas, cobras não, por favor. É a realidade? Pode ser, mas é bem desagradável dar de cara com uma foto dessas. É a minha opinião.
Conheça:

domingo, 15 de abril de 2012

Titanic 3D

Hoje o naufrágio do Titanic completa 100 anos e eu não poderia deixar de escrever algo sobre, ainda mais depois de ontem. Depois de muita espera, tive o privilégio de assistir em 3 dimensões o meu filme preferido.



Acho que não preciso dizer o quanto foi especial para mim, quem me conhece pode imaginar. A experiência de ontem, acho que não só para mim, serviu para mostrar, de novo, porque Titanic ganhou tantos prêmios. O filme já é espetacular vendo em uma tela de TV, em uma tela enorme então...

Você pula eu pulo, lembra? (Minha cena preferida)



Toda a minha emoção foi amplificada, ainda que eu não a tenha externado. Tudo lindo, aliás, como sempre foi! O Leonardo Di Caprio, a Kate Winslet, a trilha sonora... Valeu a espera, ainda que eu estivesse esperando mais do 3D.

O 3D

Quem esperava pedaços de gelo e água saindo da tela, se decepcionou.
(Assim como em Avatar, Cameron preferiu mostrar profundidade e não coisas saindo da tela). Não, isso não é uma análise minha, é da Isabela Boscov e pode ser vista aqui.

Muitas foram as cenas em que dava para se sentir no meio dos personagens, as cenas de profundidade realmente estão muito boas. Mas poucas foram as cenas de se dizer: NOSSA!

Na verdade uma apenas me tirou o fôlego, uma na parte final do filme, quando uma mulher em uma atitude desesperada se joga do navio. A realidade foi incrível, parecia que eu tinha pulado junto.

O uso de computação gráfica ficou mega evidente. Não sei se pelo fato de eu estar super ligada em tudo, mas em muitas cenas eu podia ouvir meu irmão dizendo: NOSSA! ALTOS COMPUTADOR! Eram bonecos andando, bonecos caindo...





Também faltou nitidez em algumas cenas, parecia que a câmera estava sem foco.
(Me corrijam se foram apenas os meus olhos embaçados).

Mas apesar do 3D não ter me impressionado como eu esperava, não tirou a beleza do filme. Sai mega feliz por ter tido a oportunidade de ver o filme no cinema. Inesquecível! Ainda que não fosse em 3D eu teria ido ver. Muito obrigada James Cameron, tu é o cara!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Dessa vez...

... não vou evitar dizer o que está na minha cabeça só porque eu sei que minha mente geminiana vai negar no dia seguinte. Não fugirei de palavras bonitas porque quem diz não é uma pessoa perfeita. Não arrumarei mil defeitos para brigar contra as novecentas e noventa e nove qualidades. Não desviarei meus olhos por medo de ter minha mente lida.

Não sumirei por medo de desaparecer. Não vou ferir por medo de machucar. Não serei chata por medo de você me achar legal. Não vou desistir antes de começar. Não vou evitar minha excentricidade. Não vou me anular por sentir demais e logo depois não sentir nada. Não vou me esconder em personagens. Não vou contar minha vida inteira em busca de ter realmente uma vida.

Dessa vez não vou querer tudo de uma vez, porque sempre acabo ficando sem nada no final. Estou apostando minhas fichas em você e saiba que eu não sou de fazer isso. Mas estou neste momento frágil que não quer acabar. Fiquei menos cafajeste, menos racional, menos eu. E estou aproveitando pra tentar levar algo adiante. Relacionamentos que não saem da primeira página já me esgotaram, decorei o prólogo e estou pronta para o primeiro capítulo.

Caio Fernando de Abreu

sexta-feira, 16 de março de 2012

A libertação

"Preciso falar contigo".

Eu sabia muito bem que depois de dizer isso não poderia voltar atrás. Na verdade, era exatamente o que eu queria, não poder voltar atrás. Foram tantos anos pensando em como seria esse momento. Tantos anos pensando na melhor forma.

Não sei se o meu jeito foi o melhor, o que sei é que foi no impulso, movida, de certa forma, pelo medo, mas funcionou! Não foi como eu imaginava. Foi muito melhor! Foi como se eu estivesse sendo absolvida por algum crime, ainda que não tenha cometido nenhum.

Foi tenso, emocionante e libertador.


Nem consigo acreditar!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Encontro Marcado

"Andei. Por caminhos difíceis, eu sei. Mas olhando o chão sob meus pés, vejo a vida correr.

E, assim, cada passo que der, tentarei fazer o melhor que puder. Aprendi. Não tanto quanto quis, mas vi que, conhecendo o universo ao meu redor, aprendo a me conhecer melhor, e assim escutarei o tempo, que ensinará a tomar a decisão certa em cada momento.

E partirei, em busca de muitos ideais.

Mas sei que hoje se encontram meu passado, futuro e presente.

Hoje sinto em mim a emoção da despedida.

Hoje é um ponto de chegada e, ao mesmo tempo, ponto de partida...

Se em horas de encontros pode haver tantos desencontros, que a hora da separação seja, tão somente, a hora de um verdadeiro, profundo e coletivo encontro. De tudo ficarão três coisas: a certeza de estar sempre começando, a certeza de que é preciso continuar e a certeza de ser interrompido antes de terminar.

Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro."

Fernando Sabino

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O menino do pijama listrado

Por mais que tenha sido uma das épocas mais horríveis da história, tudo o que diz respeito ao nazismo me interessa. Entre os livros, o meu preferido é “A menina que roubava livros”, como muitas pessoas que me conhecem já devem saber, mas “O menino do pijama listrado” também me encanta.

Enquanto em “A menina que roubava livros” é a morte que revela sua visão sobre o nazismo, em “O menino do pijama listrado”, de John Boyne, o leitor é levado a encarar Hitler e a sua Solução Final com os olhos de uma criança, o que deixa a coisa mais chocante ainda, já que a inocência da criança não deixa que ela perceba toda a crueldade dos fatos.

Apesar de ser um livro que não fale de uma época bonita, tem mensagens muito bonitas, vale muito a pena ler, ou assistir, já que o livro ganhou sua versão cinematográfica em 2008. Aliás, achei o filme muito bom também, mas para não perder nada, é bom ler.


Resenha

“Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz ideia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer.

Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que, curiosamente, nasceu no mesmo dia que ele.

Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. 'O menino do pijama listrado' é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável”.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A Busca do Graal

Aos 18 anos, Thomas vê o pai morrer em seus braços em um ataque surpresa à cidade de Hookton, lugar que escondia a lança usada por São Jorge para matar o dragão. Em busca de respostas e vingança, o habilidoso arqueiro se junta ao exército inglês, liderado por Eduardo III, o Príncipe Negro de Gales, em campanha na França. Envolvido em batalhas, Thomas se lança, sem perceber, na busca do Santo Graal.

É assim que o escritor inglês Bernard Cornwell inicia a Trilogia "A Busca do Graal", composta pelos livros "O Arqueiro", "O Andarilho" e "O Herege". Utilizando como cenário a Guerra dos Cem Anos, o autor mistura ficção e fatos históricos.


Particularmente não decansei enquanto não terminei de ler a trilogia. O tablóide inglês Evening Standard escreveu em uma crítica que “Ninguém conhece e descreve o som do disparo de um arco ou uma batalha sangrenta como Cornwell”. Tenho que concordar.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Não me abandone jamais

O filme, baseado no romance de Kasuo Ishiguro, publicado em 2005, conta a história de Kathy (Carey Mulligan), Tommy (Andrew Garfield) e Ruth (Keira Knightley). Os três, assim como outras crianças, vivem em Hailsham, um colégio onde as crianças recebem o máximo de cuidado com o único objetivo de que se tornem adultos saudáveis para que possam cumprir sua missão, serem doadores.

A ficção se inicia em 1952, quando teria sido descoberta a cura para as principais doenças através da doação de órgãos, feita por clones humanos. Mesmo sabendo o que o destino os reserva, já que após algumas cirurgias eles morreriam, os três acreditam que existe uma chance de adiar suas doações, e consequentemente, suas mortes. Acreditam ainda, que o amor verdadeiro é que pode ser o “redentor”.

O nome do filme só conseguia me fazer pensar na música dos Paralamas do Sucesso, tanto que eu nem queria assistir, por achar que seria mais um romance água com açúcar, que eu gosto, mas não queria naquele momento, mas me surpreendi.

É uma ficção que ao contrário da maioria, te leva ao passado, e apesar de ser um filme carregado de sofrimento, é tocante.