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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A bolacha, o futebol e o repositor


Delícia!
Se tem uma coisa que eu gosto muito é a tal da bolacha Passatempo. Sempre dedico uma parte do meu salário a ela. Uma parte pequena é claro. Bem pequena.  Pequeniníssima! O.K! Na maioria das vezes peço para a minha mãe comprar. Sempre peço, rindo, para que ela compre umas 14 - não sei por que motivos cismo com esse número -, na esperança de que ela realmente compre, mas ela sempre traz só quatro.

Quem me conhece sabe que outra coisa que gosto muito é de jogar futebol. Jogo sempre que posso, e às vezes até quando não posso. Faço isso desde que me entendo por gente. Outra coisa, que não sei se gosto, mas faço com muita frequência é dar conversa para pessoas pouco prováveis. O tiozinho que abastece as prateleiras do supermercado perto da minha casa, por exemplo.

Sei muito sobre a vida dele já, inclusive que ele tem um dedo “morto”. Culpa do futebol. É aí que os dois assuntos se unem. Mas você deve estar se perguntando: “o que a bolacha tem a ver com isso?” Eu explico.

Fui ao mercado que o tiozinho trabalha recentemente comprar, com o meu dinheiro, as minhas bolachas preferidas e o encontrei pintando as paredes do estabelecimento. Muito simpático ele me cumprimentou e me perguntou se eu estava jogando muito. Respondi que sim, e como não queria ser seca com o tão simpático repositor e pintor, resolvi continuar o papo. Foi então que eu me perdi.

O que saiu da minha boca jamais por mim será esquecido. “E aí, dando uma pintadinha?”

Minha vontade.
No segundo seguinte, quando percebi, desejei que Deus abrisse um buraco no chão onde eu pudesse me enfiar. Senti o vermelhão tomando conta do meu rosto. O tio só deu um risinho sem graça. Três opções: ele leu a minha mente e decidiu me poupar; desejou o mesmo que eu, ou não entendeu. O fato é que eu tratei de pegar logo minhas bolachas e sair do campo de visão dele.

Cheguei ao caixa rindo descontroladamente e fiz o caminho de casa do mesmo jeito. Quase não consegui me controlar para contar para minha mãe, que, por sua vez, quase não acreditou no que ouviu. Agora veja que ironia. Como eu poderia imaginar que uma tentativa de ser educada e duas das coisas que mais gosto iam se unir para me sacanear desse jeito?

Agora sempre que como a dita bolacha me lembro do episódio e as mastigo de forma vingativa. Quando vejo o tiozinho... Nem falo mais. Limito-me a sorrir, ainda que o sorriso saia amarelo.

*Publicado no site Reeditando.com em 15 de novembro de 2012.

Um comentário:

  1. kkkkk As pérolas da Elizangela. Adorei o texto. Amo essas bolachas também, teve uma época que se eu não comesse um dia já pirava. Agora tô mais tranquila, como só de vez em quando. Mas e agora, não conversa mais com o tiozinho?? =) bjos, Fê!
    http://segredosemlivros.blogspot.com.br/

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