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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Saudade

Há uns dias atrás minha amiga Juliana Nunes me disse no MSN que estava com saudades de algumas coisas que a gente fazia juntas, e se a saudade que eu estava da faculdade já era grande, aumentou.

Que saudade do assado de frango com/sem catupiry da dona Vilma, do suco de maracujá, da coquinha, das mostardas, dos pingos de ouro de picanha, ou ainda das Moças que a Ju comprava pra mim comer (hehe). Saudade do X Calabresa do Friends, do suco de maracujá do Friends, saudade dos friends.

Saudade dos papos durante o intervalo, das idas divertidíssimas a biblioteca, das idas ao meu banheiro preferido, das gravações de VT's, das piadas que as vezes nem tinham graça, dos sustos que só tinham graça depois que o coração voltava a bater normalmente, das briguinhas, das brigonas, que eram raras, mas aconteciam também.

Saudade das cantorias. Começaram com o único objetivo de pegar no pé e passaram a fazer parte do dia-a-dia. Cantávamos no laboratório de rádio, nos corredores, nos trabalhos, em tudo o que podia enfiávamos música. Um dia gravaremos um cd com as paródias da Jana.

Líiiiiiizzzzzzzz! Saudade das muitas vezes em que eu ouvia isso. Das caretas e olhares que, muitas vezes, valiam bem mais que palavras. Saudade das pessoas que eu acabei conhecendo melhor só no final da faculdade. Olhando pelo lado bom, pelo menos ainda deu tempo de conhecer.

Saudade até das pessoas que em muitos momentos me magoaram, que me deixaram irritadíssima. Colocando na balança, me fizeram rir mais vezes do que me irritaram, e isso zera qualquer ressentimento. Até porque, como diz aquela famosa frase de Shakespeare : "Guardar ressentimento é o mesmo que tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra".

Para fechar, uma música boa, sem ironia, que rendeu boas risadas e fala de saudade.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Casa arrumada à moda drummondiana

Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.

Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.

Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas… Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida…
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.

Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo? Tá na cara que é casa sem festa.

E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança. Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.

Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto…
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.

A que está sempre pronta pros amigos, filhos…
Netos, pros vizinhos… E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.

Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente. Arrume a sua casa todos os dias…

Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela… E reconhecer nela o seu lugar.

(Carlos Drummond de Andrade)